segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Operação Larga o Aço.

Como todos estão vendo, depois de uma semana em que o Rio de Janeiro literalmente "bombou", parece que algo mudou radicalmente na cabeça de várias autoridades, será que tiveram seus carros queimados? Não sei, mas pouco me importa. Pela primeira vez tivemos uma união de vários órgãos do aparato de repressão do governo, até os velhos letárgicos da justiça se mexeram e deram a sua contribuição.
Mas algumas perguntas ainda passam pela minha cabeça:
1°/ Por que não fizeram isso antes? Essa eu sei a resposta, porque de uma maneira ou de outra era vantajoso para alguns nos altos escalões que as coisas continuassem como estavam.
2°/ Por que a porcaria da Globo e da Record precisam ficar com seus malditos helicópteros sobrevoando sobrevoando a favela e mostrando a fuga dos vagabundos?
Essa era a hora dos policiais terem "passado o cerol" naquela corja, mas não dá pra fazer isso em cadeia nacional, os maconheiros dos direitos humanos iriem ter xiliques e ataques de pelanca. Será que uma boa alma acredita que se perderia alguém que prestasse no meio daqueles marginais?
3°/ Cadê os "machões" do tráfico? Aqueles que tocavam o terror. Estou vendo os malvadões sendo presos escondidos embaixo das camas, e aparecem com as bermudas molhadas, será que estão se mijando quando a colocam a mão em cima deles, ou então conduzidos pela mamãe e pelo papai, cadê a coragem que tinham com os fuzis contra a população?



Agora senhor Sérgio Cabral, depois que a polícia sair do complexo é hora do senhor colocar alguns hospitais, escolas, postos de saúde, uma vila olímpica, cursos profissionalizantes, creches, melhorar o transporte na região, uns cinemas, teatros. Porque senão fizer isso a bandidagem vai voltar.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Observações sobre cinema.

O filme dessa semana foi Minhas Mães e Meu Pai (The kids Are All Right), a casal de lésbicas que tem um casal de filhos e toda a suposta paz e harmonia da casa é testada quando os filhos decidem conhercer o doador de esperma que é o pai biológico de ambos.
Antes de mais nada é preciso deixar claro que não é um filme gay típico, porque se trocar a personagem de Anette Benning por um ator homem não mudará nada as questões propostas pelo filme. Ao contrário da porcaria de Brokeback Mountain que se colocassem uma mulher no lugar de um dos protagonistas não seria nada de relevante.
Mas esse filme não, mostra um casal que já está estabilizado e retrata os seus problemas.Não é preciso muita criatividade para ver em Anette Benning o personagem masculino do casal e em Julianne Moore o feminino. A entrada do pai biológico desperta as problemas e questões até então adormecidos. Seja um dos membros que contribui menos do que o outro e isso gera uma situação de cobrança ou de diminuição entre as partes. Ou o caráter controlador de um dos membros do casal, o exagero na bebida. Além de questões que são essenciais para manter um casamento durante tanto tempo. Como manter a chama do desejo após tanto tempo, o sexo já não tem aquela vivacidade, e quando uma das partes necessita se sentir desejada pela outra, até por uma questão de segurança na relação. No final todas essas coisas são colocadas na mesa de jantar. Mas será que no fundo elas querem mesmo resolver isso ou querem apenas manter a relação segura e estável que demoraram tanto tempo para construir. Tudo é posto à prova com a chegada do pai biológico.
Não é um filme gay, pois essas questões são comuns a qualquer tipo de casal que já possui muitos anos de convivência. Mas é um filme agradável, inteligente e que coloca boas questões para se pensar.