quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Observações sobre cinema.

O filme dessa semana foi Minhas Mães e Meu Pai (The kids Are All Right), a casal de lésbicas que tem um casal de filhos e toda a suposta paz e harmonia da casa é testada quando os filhos decidem conhercer o doador de esperma que é o pai biológico de ambos.
Antes de mais nada é preciso deixar claro que não é um filme gay típico, porque se trocar a personagem de Anette Benning por um ator homem não mudará nada as questões propostas pelo filme. Ao contrário da porcaria de Brokeback Mountain que se colocassem uma mulher no lugar de um dos protagonistas não seria nada de relevante.
Mas esse filme não, mostra um casal que já está estabilizado e retrata os seus problemas.Não é preciso muita criatividade para ver em Anette Benning o personagem masculino do casal e em Julianne Moore o feminino. A entrada do pai biológico desperta as problemas e questões até então adormecidos. Seja um dos membros que contribui menos do que o outro e isso gera uma situação de cobrança ou de diminuição entre as partes. Ou o caráter controlador de um dos membros do casal, o exagero na bebida. Além de questões que são essenciais para manter um casamento durante tanto tempo. Como manter a chama do desejo após tanto tempo, o sexo já não tem aquela vivacidade, e quando uma das partes necessita se sentir desejada pela outra, até por uma questão de segurança na relação. No final todas essas coisas são colocadas na mesa de jantar. Mas será que no fundo elas querem mesmo resolver isso ou querem apenas manter a relação segura e estável que demoraram tanto tempo para construir. Tudo é posto à prova com a chegada do pai biológico.
Não é um filme gay, pois essas questões são comuns a qualquer tipo de casal que já possui muitos anos de convivência. Mas é um filme agradável, inteligente e que coloca boas questões para se pensar.

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